domingo, 10 de maio de 2009

Sem título

Terça-feira, 7 de Abril de 2009

Todos me dizem o que eu preciso fazer. Todos me dizem o que eu quero ouvir com a sua gentil solidariedade. Satisfeita. Tudo parece tão fácil, tão pronto, tão respondido. Mas quando estou só, pensando, nada é tão simples. Não tenho coragem de fazer tudo o que disse. Não disse toda a verdade. Não digo tudo o que sinto. No fim, sempre há dor. Não há como escapar de uma sentença, de uma dúvida acerca do futuro que não foi. Sempre alguém tem que ser o vilão. Por coincidência ou crueldade do destino sempre sou eu, mais uma vez. Não aceitam que eu fui vítima do meu louco querer, de não poder me conter, de ter que fazer tudo o que quero ou morrer por não fazê-lo. Não preciso de compreensão, não preciso de conselhos. Não sei do que preciso. A essa altura, eu já devia saber de alguma coisa e mais uma vez Sócrates estava certo. Preciso amar e ser amada. Ah, mas amar? Amar eu amo de mais, amo muitos e ao mesmo tempo. É tanto amor que não cabe só pra você – Que desperdício! Você também me ama, então, deveria eu ser amada. Ora, seu amor é grande, eu bem sei. Só um amor grande pode suportar tudo calado. Só um amor grande passa por cima do pecado. Seu amor não me basta? E POR QUE DEVERIA BASTAR? Se ainda há amor, o que falta? Amor é só uma palavra. Amor também acaba. Amor não é verdade. Amor é ilusão, uma grande cilada. Alguém sempre se dá mal de alguma forma. Às vezes, os dois, os três.Sempre haverá perguntas sem respostas.

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